quinta-feira, 28 de abril de 2011

Disputa entre as vovós: um assunto que vai dar o que falar

Como minha vó paterna sempre morou longe de nós, posso dizer que minha avó materna sempre foi mais chegada como uma mãe! Porém não muito discreta no que diz respeito a este assunto. Minha avó é discreta. Será? Um pouco indireta, eu diria. Com aquelas perguntas: você gostaria de morar mais perto daquela vó? Aquela vó cozinha tal coisa que você adora? Ela brinca com você do jeito que você gosta? Ela lê a história da cinderella que você ama? Te ensina fazer balão de festa junina? e etc, etc e tal?- Não vó! A minha vó paterna não faz nada disso, vó! Ela tem 18 netos, mais 6 bisnetos e não tem condições de fazer minha comida predileta sempre e nem ler pra mim! A mãe do meu pai não é professora como a senhora e nunca me ensinou a fazer coisas legais e educativas! A única coisa gostosa que ela faz é deixar eu comer um pote de açúcar cristal escondida e fazer uns pãezinhos de queijos maravilhosos! Aí de repente aparece minha vó materna com meio saco de polvilho azedo, queijo... Pra quê né?
Um sarro esse assunto e nunca entendi direito!Hoje moro longe das duas e sinto a mesma intensinade de saudade, mas não igual. Da minha vó materna sinto saudade das tardes frias de bolinhos de chuva, do rocombole de domingo, de quando faziamos cruzadinhas juntas, quando ela me ensinava latim, das conversas sobre futebol, educação e também qualquer bobeira a respeito da vida alheia (ou seja, fofoquinhas). Lembro quando íamos dar voltas de carro com minha tia e ficavamos ouvindo música do Raulzito e as Panteras e também quando íamos fazer compra no supermercado e ela ficava estressada (mas nunca brigou comigo) quando queria entopetar de porcaria o carrinho de compras!!
Da minha avó paterna lembro de poucas coisas, pois a via, no máximo, duas vezes por ano. Sinto saudade do macarrão, do pão de queijo que ela fazia, das coisas engraçadas que ela dizia (x-burgo, chinela, x-bacon - lendo bacon mesmo-, dizendo que era de origem de italiano com 'bugro'), também lembro dos barracos engraçados que ela fazia, das gritarias, de quando meu irmão e meu primo falava que meu avô estava a traindo, ela acreditava e ia brigar com ele; também de deixar eu pular na cama nova dela; de atender o trote do telefone e mandar 'a putaiada tomar no c*'. 

Duas avós diferentes: uma graduada em letras, culta, discreta , 3 filhos e outra do lar, 8 filhos, louca, falante, porém duas queridas e amadas por todos os filhos e netos.
Só o que eu gostaria que elas soubessem é que toda essa rivalidade foi uma bobeira, pois eu sei que não as amo do mesmo jeito, mas com certeza as amo com a mesma intensidade!
Mas isso aí é coisa de mulher, mãe duas vezes, medo de perder o amor do neto. Eu entendo um tiquinho disso, porque hoje sou mãe e sinto um ciuminho do meu bebê quando outras pessoas o carregam, quando ele dá risada que não é pra mim. Porém tento ser forte neste momento, afinal não quero que ele seja um superprotegido pra depois não conseguir se virar na vida! 
Claro que ele tem muito do meu amor, mas não o crio numa redoma de vidro, ok?
É isso ai folks, espero que tenham curtido. Abrasssss!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Lincoln em: Meus 3 meses

Hoje meu bebê faz 3 meses. Parabéns para ele!!!! O mais interessante é como eles mudam em 3 meses! Quando nasceu não sabia de nada, hoje ele dá risada quando fico brincando com ele, presta atenção em desenho animado, fica chutando pro ar, dando gargalhada quando coloco as música do patati patata, fica olhando pra mãozinha, para de chorar quando vou tirando o peito pra fora porque sabe que seu desejo será realizado! Ele fica acordado mais tempo e não se importa em colocar a boca no trombone se algo não está legal! Não chora mais pra tomar banho, pelo contrário, chora quando sai. Quando tá peladão fica rindo a toa, mas é só colocar o body na cabeça que começa a chorar desesperadamente! Dorme a noite toda e acorda quase de ponta cabeça. Quando coloco ele em cima do meu ombro, se está com fome, vai descendo, descendo até chegar ao seu destino preferido. Está muito fofo e faz escandalo se outra pessoa o carrega se não sou eu! (Tô perdida!). Quando está dormindo no quarto com o papai e eu vou pra cozinha tomar café já abre um berreiro, aí lá vai eu o colocar no carrinho para dormir pertinho de mim. É muito amor!!
Dá risada para todo mundo, é muito cheirosinho, só chora quando sofre de cólica, que, incrivelmente, estão quase desaparecendo. Está um gordo de 6,200 kgs e 61 cm! O nosso 'princeso' está cada dia mais lindo, estou muito feliz em ser mãe, pois me sinto muito importante em cuidar de alguém. Mas só um aviso, que hoje to p da vida: Odeio palpites idiotas, eu é que fico 24 hrs com ele, então eu que sei sobre a educação e cuidados dele. Agradeço a 'preocupação', mas de boas intenções o inferno tá cheio! Arranje algo para fazer, o ócio é oficina do diabo. Obrigada e cale a boca! hahah

Abrasss...

domingo, 17 de abril de 2011

O real valor dos pais

Hoje eu fico pensando que só damos o real valor para os pais quando somos pais. Quando é que eu ia imaginar que minha mãe me amamentava de hora em hora, que passou várias noites mal dormidas só pra ficar ao meu lado? Tudo bem, eu já sabia disso tudo, mas passar na pele é bem diferente. Quantas vezes tratei meus pais muito mal e eles ficaram extremamente magoados e eu nem pra pedir perdão? Quantas comidas deliciosas minha mãe fez e eu nem sequer agradeci ou elogiei (porque é a coisa que ela mais gosta de fazer), quantas vezes meu pai fez tudo para me agradar, abriu mão dos seus ideais só para me ver feliz (porque meu pai não gostava que eu fosse para balada, mas mesmo assim me levava e dava dinheiro!), quantas faculdades (umas 5) eu comecei, fiz meu pai desembolsar um baita dinheiro para depois então desistir por um surto de dondoquisse?, quantas noites mal dormidas eles tiveram quando ficava doente, quando voltava tarde em casa, quando namorava caras descabeçados, quando eu queria mandar no meu nariz quando eu ainda vivia no mesmo teto e era sustentada por eles? Meu pai fez das tripas ao corações para me dar um carro e uma festa de casamento e eu nem sequer agradeci, nem retribi com um presente decente. Hoje fico pensando nas ingratidões que os fiz passar, das tristezas... Quantas vezes fiquei com muita raiva e até cheguei a arrumar minhas malas para ir embora? E hoje que estou longe morro de saudade deles e peço para Deus todos os dias que eles venham morar mais perto de mim, porque eles são a razão do meu viver, além de marido e filho, claro!
O que posso aprender é que ter um filho é um gesto de amor. Assim como na parábola da bíblia do filho pródigo a gente sempre estará de braços abertos, com um banquete esperando o filho voltar, porque por mais que ele nos decepcione, o amor verdadeiro não quer nada em troca apenas ama-se...